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mesma trama, mesmo frio

  • Foto do escritor: Clariane Amorim
    Clariane Amorim
  • 28 de jul.
  • 1 min de leitura

Às vezes, o que termina não é o sentimento. É o tempo. É o jeito. É o ritmo da vida que não encaixa mais.


A gente se amava, sim. Desses amores que são difíceis de explicar e mais difíceis ainda de esquecer. Mas o amor, sozinho, não sustentava tudo. Não dava conta das ausências, das dúvidas, das feridas que foram se acumulando nos silêncios.


Foi estranho perceber que o fim chegou quando ainda havia carinho. Quando ainda existia cuidado, quando ainda existia saudade — mesmo de perto. A gente brigava por coisas grandes, mas também não conseguia mais celebrar as pequenas. E isso, aos poucos, foi corroendo o que parecia inabalável.


Não houve vilão. Nem erro exato. Só dois caminhos que pararam de andar lado a lado. Doía admitir isso. Mas hoje entendo: alguns amores são bonitos demais pra serem mal vividos. E deixar ir também é um ato de amor.


Agora, cada um segue do seu jeito. Com lembranças que ainda moram em algumas músicas, alguns cheiros, algumas esquinas. Mas a vida pede espaço pra coisas novas florescerem. Etalvez, um dia, esse amor fique só como isso: uma flor bonita que não virou jardim, mas que perfumou um tempo inteiro da vida da gente.


Com amor,

clari 💫


*no som toca "mesma trama, mesmo frio" das anavit :,)

 
 
 

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